Fundo Vale e Bid lab apoiaram o evento realizado pela Conexus e Fundação CERTI. Objetivo é fortalecer negócios de base comunitária por meio da conexão com ecossistemas de inovação
Foto: Paulo Cabral/Conexsus
A Conexsus e a Fundação CERTI, com apoio do Fundo Vale e do Bid Lab, reuniram cerca de 50 pessoas, em Manaus (AM), nos dias 3 e 4 de junho, para a realização do workshop “Inovação e negócios comunitários: Como aproximar e conectar os ecossistemas?”. O objetivo do evento foi encontrar novas estratégias para fortalecer negócios de bioeconomia de base comunitária na Amazônia, no Cerrado e na Caatinga.
“A Conexsus é uma instituição que nasceu com o propósito de ativar o ecossistema de negócios de impacto socioambiental, sobretudo, os negócios de base comunitária formados por cooperativas e associações. No nosso entendimento, ativar esse conjunto de negócios que tem um potencial de impacto econômico bastante importante nas comunidades e territórios em que eles estão inseridos depende de uma série de conexões com outros tipos de atores e setores organizacionais, sendo um deles justamente aqueles inseridos na temática da inovação”, destaca o líder do Núcleo de Negócios Comunitários e Ecossistemas Regionais da Conexsus, Pedro Frizo.
A integração do conhecimento tradicional com soluções inovadoras é vista como essencial para a prosperidade sustentável das regiões, garantindo que os negócios comunitários se tornem protagonistas na conservação das florestas e na melhoria da qualidade de vida das populações locais.
“A palavra inovação muitas vezes vem acompanhada de uma carga de complexidade. No entanto, inovação, ao contrário do que se associa, não é sempre algo disruptivo ou altamente tecnológico. A inovação pode estar baseada em um novo modelo de negócios ou um processo mais eficiente, por exemplo. No caso da CERTI e da Conexsus, sempre discutimos sobre o que é a inovação relevante para transformar a bioeconomia na Amazônia, mas percebemos também que é preciso ampliar essa discussão com quem está envolvido, com quem faz a bioeconomia no Brasil. Assim nasce o workshop, com essa pergunta orientadora: como aproximar e conectar esses mundos tão diferentes de startups ou ecossistemas de inovação e ecossistemas de negócios comunitários?”, explica o coordenador de projetos do Centro de Economia Verde da Fundação CERTI, André Noronha.
O workshop incluiu uma série de dinâmicas focadas na identificação de desafios e oportunidades. Além disso, foram discutidas as barreiras que dificultam a aproximação entre os dois ecossistemas. Desse diálogo, surgiram ideias e diretrizes para promover uma integração mais eficaz.
“O Fundo Vale tem olhado muito para o tema da bioeconomia em como ampliar a escala dos negócios da sociobiodiversidade na Amazônia de forma que ele se torne de fato uma economia relevante para o bioma. E nesse processo identificamos que conectar inovação, produção acadêmica, o que está sendo feito nas instituições de pesquisa, com as necessidades e reais demandas dos negócios comunitários é fundamental para esse olhar de escala”, avaliou a gerente de Amazônia e Parcerias do Fundo Vale, Márcia Soares.