Experiências de campo proporcionaram aos participantes do festival a oportunidade de explorar o universo da inovação sustentável e do impacto positivo na Amazônia
Foto: Take/FIINSA
A terceira edição do FIINSA – Festival de Investimento de Impacto e Negócios Sustentáveis na Amazônia – trouxe uma novidade: as experiências de campo. No dia 22 de outubro, primeiro dia do festival, cinco grupos de participantes tiveram a oportunidade de conhecer iniciativas emblemáticas que revelam o potencial do empreendedorismo e da inovação na Amazônia, além de projetos sociais que beneficiam comunidades urbanas de Manaus.
Um dos locais visitados foi o Sítio PANC , referência na produção e pesquisa de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs). A iniciativa mostra como espécies vegetais nativas, muitas vezes subvalorizadas, podem ser aproveitadas na culinária e nos mercados locais, oferecendo uma alternativa de geração de renda.
Foto: Take/FIINSA
No CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia), os visitantes conheceram uma instituição com foco em pesquisa e desenvolvimento que integra conhecimento científico e saberes tradicionais para criar soluções de impacto positivo. O CBA abrange áreas como biotecnologia aplicada, biocosméticos e insumos farmacêuticos.
Ainda no campo de inovação e negócios, o CIDE (Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial) recebeu um grupo de participantes do FIINSA para apresentar startups de diversos segmentos da biotecnologia e bioeconomia. A organização é a primeira incubadora de empresas da Amazônia e tem a finalidade de apoiar estudos, pesquisas e desenvolvimento de inovações que contribuam para o avanço tecnológico regional e do empreendedorismo.
Foto: Take/FIINSA
A sede do Impact Hub Manaus promoveu a oficina Divã de Impacto, que abordou as múltiplas compreensões do termo “impacto social” e promoveu reflexões e troca de ideias sobre os dilemas e desafios do ecossistema de impacto social, em especial na Amazônia.
Para empreendedores e empreendedoras iniciantes, o FIINSA promoveu uma oficina voltada para construção de modelos de negócios, realizada no Casarão Cassina. O encontro fez parte do processo de revisão do Modelo C – uma metodologia voltada para negócios de impacto social que combina o Business Model Canvas com a Teoria de Mudança. O Fundo Vale está apoiando esta revisão da metodologia.
Outro destino foi o Parque das Tribos, um bairro em Manaus que abriga famílias indígenas, onde os participantes conheceram desafios e potencialidades da vida urbana na Amazônia. Experiências de inclusão social foram observadas no Soul do Monte, projeto que promove educação e cultura digital para comunidades e no projeto Reusa, que transforma resíduos em arte, fomentando a economia circular.
“As experiências de campo tornaram a programação do FIINSA ainda mais interessante e dinâmica. Acredito que elas ajudaram a ampliar a percepção sobre o potencial da Amazônia para gerar valor por meio da bioeconomia, da inovação e da inclusão social. Ao aproximar os participantes desses projetos locais, o festival fortaleceu o vínculo entre conhecimento, tecnologia e a vocação da região para liderar uma economia de impacto socioambiental”, disse Márcia Soares, gerente de Parcerias e Amazônia do Fundo Vale.
Sobre o 3º FIINSA
O 3º Festival de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis é uma realização do Idesam e do Impact HUB Manaus. Tem patrocínio do Fundo Vale (parceiro desde a primeira edição), BID, ICS, Mercado Livre, BNDES, Grupo Rede Amazônica, Instituto Sabin, Natura, Instituto Meraki, Instituto Arapyaú, Marjom, Estúdio Moi, Vox, JBS Fundo Pela Amazônia, Amazônia em casa Floresta em pé, PPBio e AIC.
Entre os parceiros institucionais e estratégicos estão as iniciativas Saúde e Alegria, NESST, LATIMPACTO, Centro de Empreendedorismo da Amazônia, FAS, Imaflora, Assobio, Jaraqui Valey, Aquiri Valley, Tucuju Valley, Tambaqui Valley, Ashoka, Impact Hub Brasil, Felicidad Collective, Academia Amazônia Ensina, Climate Ventures, Foresti, Amazônia Agroflorestal, Sitawi, Conexão Povos da Floresta, Bemol, Singulari e Banzeiro.