A organização marcou presença em debates realizados em Brasília e em São Paulo
No dia 6 de maio, a diretora executiva Patrícia Daros e a gerente Amazônia e Parcerias do Fundo Vale, Márcia Soares, participaram do evento de lançamento do estudo “Bioeconomia Global – Levantamento Preliminar das Estratégias e Práticas do G20”. Realizado pela Nature Finance e pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em nome de dezenove organizações da academia, do setor privado e da sociedade civil, o estudo mapeou o avanço da bioeconomia entre os países membros do G20. Os convidados debateram as diferentes perspectivas da bioeconomia, os principais achados do estudo e as abordagens dos países do G20 em relação ao tema.
“Esse estudo revelou uma diversidade de perspectivas sobre a bioeconomia entre os países. O G20 incluiu pela primeira vez o tema da bioeconomia em suas discussões, e isso contribui muito para o avanço do tema. Porém é primordial que as ações de bioeconomia incorporem de forma integrada o impacto positivo no clima, na natureza e nas pessoas. Outro ponto importante discutido foi um dos nossos principais focos de atuação: a inovação de mecanismos financeiros para ampliar a escala de empreendimentos de bioeconomia, por meio da colaboração entre diversos setores da sociedade”, afirmou Patrícia Daros.
Finanças Sustentáveis
No dia 17 de maio, em São Paulo, Letícia Zuardi, da gerência de Participações e Investimento de Impacto do Fundo Vale, participou da série “G20 e FC4S: Mesas Redondas do Setor Privado”, organizada pela Presidência do G20, pela UNDP Financial Centres for Sustainability (FC4S) e pelo Laboratório de Inovação Financeira (LAB). O objetivo dessa iniciativa é fornecer insumos para as reuniões do G20, que ocorrerão nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, por meio de uma análise colaborativa e aprofundada das perspectivas nacionais.
Letícia participou de um debate da agenda do Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis (SFWG). Um dos painéis concentrou-se nas estratégias das instituições financeiras privadas para integrar os princípios da transição justa. O debate destacou como essas instituições podem apoiar a mudança para uma economia de baixo carbono, enquanto mitigam os impactos sociais e econômicos sobre as populações vulneráveis.
Na segunda mesa redonda, discutiu-se o papel do setor privado na implementação dos requisitos de relato de sustentabilidade, com destaque para os desafios e oportunidades apresentados pelas Normas do Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB, na sigla em inglês). Foram buscadas soluções para harmonizar as divulgações, reduzir custos e evitar ineficiências econômicas.
Na terceira mesa o enfoque recaiu sobre o envolvimento do setor privado no financiamento de Soluções Baseadas na Natureza (SbN). A discussão visou avaliar as lacunas de financiamento existentes, adaptar ferramentas financeiras disponíveis para preencher essas lacunas e propor ajustes para otimizar as estratégias financeiras, visando um impacto transformador nos países em desenvolvimento.
“O objetivo do GT de Finanças Sustentáveis do G20 é colaborar com o alinhamento do sistema financeiro internacional com os objetivos da Agenda 2030 e do Acordo de Paris, ajudando a romper as barreiras do mercado. As finanças sustentáveis são essenciais no contexto global, pois direcionam recursos para mitigar a crise climática e promovem práticas que impulsionam o desenvolvimento econômico, respeitando os limites ambientais e incluindo de maneira justa as populações mais vulneráveis”, comentou Letícia Zuardi.