Na ocasião, foi apresentada a metodologia usada pelo Fundo Vale para medir a qualidade do solo em áreas em processo de recuperação
O Índice de Qualidade do Solo (IQS), uma metodologia desenvolvida pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV) para medir qualitativa e quantitativamente a qualidade do solo em áreas recuperadas, foi apresentado no XI Seminário Nacional da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação (RBMA). O evento ocorreu de 24 a 26 de junho, em Belém (PA) e teve como tema “Como integrar saberes para ver e agir rumo ao desenvolvimento sustentável”.
O ITV utiliza a metodologia do IQS para avaliar o aumento da qualidade do solo a partir de práticas de manejo em iniciativas de recuperação de áreas financiadas com apoio do Fundo Vale para o cumprimento da Meta Florestal 2030 da Vale, que compreende a recuperação de 100 mil hectares, além da proteção de 400 mil hectares, em caráter voluntário.
“A técnica consiste em analisar genes e proteínas de amostras do solo associados à ciclagem e fixação de carbono, bem como a disponibilização de macronutrientes essenciais para a saúde do solo e dos ecossistemas. Com o apoio de bases de dados pré-existente das espécies nativas da região, também é possível analisar a diversidade de flora e fauna em uma determinada área”, explica Rafael Valadares, pesquisador do ITV.
O IX Seminário RBMA contou com uma série de painéis, palestras, minicursos e sessões temáticas com apresentação de trabalhos. O objetivo foi promover um intercâmbio de ideias e o desenvolvimento de soluções e práticas inovadoras no campo da avaliação de resultados de inciativas voltadas para sustentabilidade ambiental, educação, geração de trabalho e renda, justiça social, fortalecimento do ecossistema de startups, entre outras.
O trabalho apresentado fez parte da mesa temática “Índices e indicadores sociais e ambientais aplicados ao monitoramento e à avaliação”.
“O seminário da RBMA é uma excelente iniciativa, pois contribui para a disseminação de ferramentas e metodologias de avaliação e monitoramento, que são essenciais para ajustar estratégias e aprimorar a tomada de decisões. Além disso, essas práticas aumentam a transparência e a prestação de contas para investidores e outros stakeholders, reforçando a credibilidade das iniciativas e fomentando um ciclo virtuoso de melhorias contínuas”, destacou Juliana Vilhena, da Gerência de Estratégia, Gestão e Impacto do Fundo Vale.