06/09/24

Iniciativa visa recuperar áreas no Pará por meio de arranjos agroflorestais no escopo da Meta Florestal 2030 da Vale 

O Fundo Vale estabeleceu uma nova parceria com a Inocas para impulsionar a cadeia produtiva da macaúba como uma solução para recuperar áreas de pastagens e promover a produção sustentável de biocombustíveis, óleos para cosméticos e outros produtos derivados da macaúba, uma palmeira nativa do Brasil. A iniciativa consiste, além da implementação de sistemas agroflorestais em áreas do Pará, apoio a produtos de conhecimento relacionados à pesquisa e desenvolvimento da macaúba, estratégia de escala e impacto para o negócio. Esse apoio está relacionado com a estratégia de Fortalecimento do Ecossistema no contexto da Meta Florestal 2030 da Vale, que prevê suporte e parcerias relacionadas à construção e disseminação do conhecimento sobre sistemas sustentáveis.   

A crescente demanda por óleos vegetais, impulsionada pela produção de biocombustíveis, tem gerado impacto no desmatamento à medida que novas áreas de cultivo são abertas para atender a essa demanda. Diante desse cenário, a macaúba desponta como uma alternativa que exclui a necessidade de desmatamento ou mudanças no uso da terra. Cada hectare de macaúba é capaz de remover e armazenar cerca de 25,75 toneladas de CO2 atmosférico por ano, fator fundamental para a mitigação das mudanças climáticas, segundo projeção da Inocas.  
“Estamos entusiasmados, mais uma vez, com a parceria com o Fundo Vale, que reforça nosso compromisso com o cultivo sustentável da macaúba e amplia nosso impacto positivo nas comunidades,” disse o CEO da Inocas, Johannes Zimpel. Ramon Carvalho, diretor financeiro da startup complementa: “Essa parceria também mostra como o Brasil é terreno fértil para projetos de impacto social e ambiental, servindo de exemplo para o mercado sobre como investir de forma sustentável.”  

A estratégia abrange toda a cadeia de valor da macaúba, desde a seleção genética e germinação das mudas até o processamento dos frutos, quando serão produzidos óleos e “tortas” da polpa e da amêndoa, que também são utilizados nos setores de cosméticos, alimentos, entre outros. Para implementação do projeto, a Inocas estabelece parcerias com famílias de pequenos e médios agricultores, extrativistas e cooperativas.  

A história da Inocas com o Fundo Vale começou em 2020, quando a startup foi acelerada no programa de inovação aberta, Desafio Agroflorestal. A partir de 2021, a Inocas foi selecionada para fazer parte do portifólio da Meta Florestal, tendo implantado 1.430 hectares neste ano nos biomas Cerrado e Mata Atlântica. Agora, as duas organizações voltam a firmar parceria para a implantação de SAF de macaúba com o foco no bioma Amazônia. 

A Inocas integra a Meta Florestal 2030 da Vale, um compromisso voluntário que prevê a proteção de 400 mil hectares de florestas e a recuperação de 100 mil hectares de áreas além das fronteiras da empresa até 2030. Para a recuperação dessas áreas, a Vale conta com a atuação do Fundo Vale, que realiza investimentos inovadores e acelera negócios com potencial de ganho de escala baseados em práticas agrícolas, pecuárias e florestais que combinam diferentes tipos de cultivos e manejo e que podem gerar impacto ambiental, social e econômico.  

“Além de impulsionar a bioeconomia, gerando óleos e outros derivados que tornam as indústrias de biocombustíveis, de alimentos e de cosméticos mais sustentáveis, o projeto da Inocas integra a macaúba a culturas agrícolas, pastagens para produção de carne e leite, resultando em uma produção diversificada, que beneficia pequenos e médios produtores.  Esse é o tipo de iniciativa que priorizamos para o cumprimento da Meta Florestal 2030 da Vale. Ao mesmo tempo em que estamos recuperando áreas e aumentando o sequestro de carbono, geramos impacto socioambiental positivo em diversos níveis”, diz Gustavo Luz, diretor-executivo do Fundo Vale.