06/09/24

 Iniciativa em rede, com parceria do Fundo Vale, já beneficiou cerca de 81 mil pessoas 

O projeto Conexão Povos da Floresta alcançou a marca de 1 mil comunidades indígenas, quilombolas, extrativistas e ribeirinhas conectadas. O projeto é realizado em parceria com mais de 30 organizações da sociedade civil, instituições e empresas, e o Fundo Vale é um dos financiadores. O objetivo é conectar em rede, por meio da internet banda larga, mais de 5 mil comunidades em territórios protegidos da Amazônia Legal. A iniciativa alia conectividade a programas de inclusão, segurança e empoderamento nas comunidades beneficiadas. 

O projeto deu início à fase-piloto em março de 2023, na Terra Indígena (TI) Yanomami, e alcançou as mil comunidades em rede ​no final de agosto (22)​, com a instalação de um kit de conexão com internet banda larga via satélite na comunidade Serafina, em Curralinho (PA), na Reserva Extrativista (Resex) Terra Grande-Pracuúba. Já são mais de 27 mil usuários cadastrados e uma população diretamente beneficiada de cerca de 81 mil pessoas. 

“Essa marca de mil comunidades conectadas mostra bem o potencial do projeto, iniciado há pouco mais de um ano. O Conexão não é apenas uma iniciativa para dar acesso à internet. É a possibilidade de melhorar a vida das pessoas da Amazônia, oferecendo oportunidades de acesso à saúde e à educação, por exemplo, além de ​proporcionar​ outros benefícios, como geração de renda”, destaca Márcia Soares, gerente de Amazônia e Parcerias do Fundo Vale. 

Até o final de 2025, o objetivo é conectar 1 milhão de pessoas moradoras de áreas protegidas da Amazônia Legal, responsáveis por conservar 120 milhões de hectares de floresta. 

“Esse projeto deve mudar muito a vida de ​diversa​s pessoas. Vai melhorar a vida dos estudantes e a vida de quem vai poder marcar daqui mesmo um exame lá na cidade, sem precisar enfrentar doze horas de viagem, por exemplo”, afirma o comunitário Silvio Tavares de Souza, presidente da Associação-Mãe da Resex Terra-Grande Pracuúba. 

A iniciativa em rede​ é​ liderada pelas organizações de base Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), com apoio do Fundo Vale.