03/04/24

Conheça o Projeto Estruturante da Cadeia do Cacau 2030, uma das ações prioritárias da Meta Florestal da Vale 2030 

O Dia do Cacau, celebrado no dia 26 de março, coincidiu com um momento desafiante no mercado global da commodity. Os preços alcançaram uma marca histórica global: em apenas um ano, triplicaram. Em Nova York, neste mesmo dia, a tonelada do produto ultrapassou, pela primeira vez, a marca de US$ 10 mil. A razão apontada pelos especialistas são os efeitos da crise climática na África Ocidental – região que lidera a produção global – onde uma onda de calor úmido devastou as colheitas. 

No contexto da crise climática, cresce ainda mais a tendência do mercado de buscar um produto sustentável, rastreável e de alta qualidade.  Esses são os objetivos do Fundo Vale ao apoiar o fortalecimento da cadeia do cacau, ao mesmo tempo em que avança nos resultados da Meta Florestal Vale 2030 – que prevê a recuperação voluntária de 100 mil hectares de áreas e proteção de mais 400 mil hectares.  

“Para apoiar o crescimento sustentável do setor, o Fundo Vale atua, além do fomento e investimento em negócios de impacto agroflorestais que tem o cacau como carro chefe, em ações de fortalecimento da cadeia produtiva por meio de parcerias realizando treinamentos, elaboração de produtos de conhecimento, pesquisas cientificas e ações de ATER visando a promoção da sustentabilidade e do trabalho digno na cadeia do cacau, São ações fundamentais se buscamos apoiar impactos socioambientais positivos, que se conectam com a nossa Teoria da Mudança 2030”, explica Bia Marchiori, responsável pela frente técnica, do conhecimento e de salvaguardas socioambientais da Meta Florestal 2030 da Vale.  

O projeto foi concebido com a colaboração do CocoaAction Brasil e seus parceiros, os quais estabeleceram um conjunto de diretrizes com o objetivo de aprimorar as condições de vida e de trabalho na cadeia produtiva do cacau. Além de atuar com a CocoaAction Brasil, o projeto conta com a colaboração do Imaflora, do Instituto Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável, que conduz pesquisas para a cadeia, entre outras organizações.   

Case Belterra 

Ações de fomento ao ecossistema na cadeia produtiva do cacau e investimento em negócios de impacto socioambiental positivo do Fundo Vale podem apoiar a startup Belterra a tornar-se uma das maiores produtoras dessa commodity no Brasil, ao mesmo tempo em que promove a recuperação de áreas na Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado.  

Desde o início da parceria, a startup já recuperou quase 3 mil hectares de áreas por meio da implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) e silvipastoris. A meta da empresa é produzir cacau em 40 mil hectares em áreas recuperadas até 2030, o que poderá levar à liderança de mercado. Para isso, está implantando o maior viveiro de cacau e espécies florestais nativas do Brasil, com capacidade para 10 milhões de mudas. 

A Belterra é um exemplo da estratégia do Fundo Vale de catalisar investimentos em negócios de impacto em uma cadeia de valor sustentável. A iniciativa visa acelerar o desenvolvimento, a maturação e o crescimento de startups focadas na bioeconomia, que valorizam parcerias com agricultores locais. O programa, além dos hectares, apoia iniciativas de conscientização voltados a condições de trabalho dignas e investe em pesquisa, inovação e compartilhamento de conhecimento sobre modelos de produção em Sistemas Agroflorestais.