Na ocasião, a Aliança lançou o estudo Bioeconomia da Restauração na Amazônia, realizado em parceria com a The Nature Conservancy
A Assembleia Geral da Aliança pela Restauração na Amazônia, realizada no dia 27 de novembro, levou às organizações parceiras e seus membros os resultados de 2024 e traçou os planos de trabalho para 2025 e 2026. Durante o evento, foram debatidas estratégias para posicionar a Aliança de forma mais integrada com outros coletivos de restauração, especialmente no contexto da COP30, que acontece em Belém em 2025.
Os debates levantaram os principais desafios a serem enfrentados, como as questões fundiárias, os conflitos com comunidades locais e a necessidade de alinhar políticas de baixo carbono com o desenvolvimento sustentável. As discussões também refletiram sobre o passado da restauração no bioma e a importância de vincular essa agenda com temas como desenvolvimento local, bem-estar social, geração de emprego e renda, e a promoção da sociobioeconomia, especialmente diante da intensificação da crise climática na região.
“A Assembleia Geral é um marco que nos permite avaliar os avanços do ano e traçar estratégias para os desafios futuros, especialmente com a proximidade da COP 30 em Belém. Acreditamos que a integração das políticas de restauração com a bioeconomia é essencial para gerar um impacto positivo duradouro. Os resultados obtidos até agora, demonstram a força e a relevância da Aliança”, comentou Camila Maia, da gerência de Parcerias e Amazônia do Fundo Vale.
Atualmente, a Aliança conta com mais de 150 membros engajados na restauração da Amazônia. A iniciativa é multissetorial e reúne instituições públicas e privadas, com atuação na região.
Lançamento do estudo: Bioeconomia da Restauração na Amazônia
Durante a assembleia, a Aliança pela Restauração na Amazônia lançou a publicação Bioeconomia da Restauração na Amazônia, realizada com apoio da The Nature Conservancy (TNC) Brasil. O estudo mapeou 61 casos de restauração no bioma amazônico, selecionando 13 iniciativas exemplares que integram a bioeconomia à restauração florestal, promovendo benefícios financeiros e sociais para comunidades tradicionais.
Entre os destaques, estão modelos de negócios como sistemas agroflorestais, coleta de sementes nativas, créditos de carbono e produtos da sociobiodiversidade, como açaí e castanha. Com foco na sustentabilidade financeira e na governança social, o documento busca ampliar a visibilidade e acelerar a estruturação de mecanismos financeiros e operacionais para viabilizar a restauração em larga escala, essencial para enfrentar a crise climática e promover uma economia florestal sustentável na Amazônia.
A realização da Assembleia este ano contou com recursos do Fundo Vale, que viabilizou a participação de membros de outros estados da Amazônia e os custos de realização.
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